HCC

Emergência do HCC está com sobrecarga nos atendimentos

29/04/2022

Mais de 70% dos atendimentos da Emergência da instituição são de casos leves, os quais deveriam ser atendidos nas ESFs ou na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carazinho

Entender a diferença entre ESFs, UPA e hospital é essencial para saber qual desses lugares procurar nas diferentes situações. Ainda existem muitas dúvidas sobre isso, o que influencia bastante a qualidade do atendimento, a adequação dos procedimentos médicos e a satisfação dos pacientes.

Nos últimos dias, o Hospital de Caridade de Carazinho vem recebendo muitos pacientes com sintomas primários que devem ser atendidos nas Estratégias da Saúde da Família (ESFs) e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por exemplo. Em média, cerca de 230 atendimento são realizados por dia no Setor de Emergência do HCC e, segundo a coordenação do setor, mais de 70% são atendimentos considerados leves.

Segundo o diretor técnico do HCC, Dr. Darlan Martins Lara, é importante que todos tenham um conhecimento sobre o Classificação de Risco por Cores, o qual é um protocolo de acolhimento, triagem e classificação dos atendimentos, que permite definir rapidamente qual é a situação de cada paciente, resultando em atendimentos mais rápidos, evitando, assim, o caos no atendimento. “Atendimentos definidos na Classificação de Risco como verde e azul são responsabilidade dos serviços primários, como ESFs e UPA, amarelo é responsabilidade da UPA e do Hospital e vermelho é atendimento do hospital”, explica Dr. Darlan.

A Classificação de Risco por Cores do Hospital de Caridade de Carazinho funciona com a seguinte divisão:

Vermelho - Atendimento Imediato (parada cardiorrespiratória, infarto, politrauma, choque hipovolêmico, etc.)

Amarelo – Prioritário (trauma moderado ou leve, queimaduras menores, convulsão, etc.)

Verde – Atendimento não urgente (ferimentos cranianos menores, dores abdominais, cefaleia, diarreias, etc.)

Azul – Atendimento não urgente (ferimentos, dor de cabeça, diarreias, etc.)

A gerente de enfermagem, Aline Vanessa Avila, explica que a “classificação de riscos é um instrumento que procura não apenas humanizar o atendimento, mas sim acelerar o processo, organizar e oferecer um atendimento adequado frente a situação exposta pelos clientes que estão buscando os serviços. A importância da classificação dos riscos no atendimento de Urgência e Emergência, é demonstrada através do gerenciamento das ações que proporciona um atendimento diferenciado e de qualidade”, diz.

Quando procurar o HCC?

Cabe ao Hospital a responsabilidade de atender situações mais graves e/ou complexas, como acidentes e emergências cardiológicas, neurológicas, principalmente quando é preciso intervenção cirúrgica emergencial.

O hospital se reserva aos atendimentos de média e alta complexidade, os quais as ESFs ou a UPA não têm suporte para prestar assistência. Ele oferece atendimento para acidentes graves, emergências obstétricas, respiratórias, cardiológicas e neurológicas, como AVC, por exemplo. Logo, os casos mais críticos, que necessitam de internação ou representam maior risco de vida, são encaminhados para os hospitais.

Um novo apelo

Diante desse número elevado de atendimentos, o Hospital de Caridade de Carazinho novamente pede para que os pacientes avaliem seus sintomas e, quando necessário, se dirijam até o local correto para atendê-los.

Para o médico coordenador da Emergência do HCC, Dr. Gerson Urnau, Carazinho realiza mais de 30 mil consultas médicas ao mês, um número preocupante e que ressalta a importância do cidadão cuidar mais da sua própria saúde. “O Hospital é um serviço de emergência que atende casos de emergência. A grande dificuldade é que as pessoas vão procurar o hospital para consulta médica ou com problemas de saúde que podem ser atendidos nos ESF´s e na UPA. Temos que lembrar ainda que o hospital não é só a Emergência, o HCC tem Oncologia, UTI, Bloco Cirúrgico, pacientes internados... isso dá um somatório muito grande de serviços. Esses atendimentos leves ou menos graves devem ser atendidos primeiramente nos ESFs, após a UPA e, como última saída, no Hospital”, relata Dr. Gerson. 


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