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HCC participa do “Tá na Mesa” da Federasul em Porto Alegre

03/04/2024

O assunto foi o tema do Tá na Mesa da FEDERASUL desta quarta-feira (03), que reuniu lideranças do setor para debater os desafios da saúde pública gaúcha do financiamento cruzado entre SUS e Planos de Saúde: a realidade do Sistema filantrópico.

O sistema de saúde está em crise no Rio Grande do Sul e poderá entrar em colapso se nada for feito para melhorar a política nacional de saúde e a distribuição de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). A situação é tão grave que a cada ano a rede hospitalar amarga uma permanente redução nas suas condições de atendimento, tendo chegado ao limite em sua infraestrutura e sendo obrigada a operar em condições inadequadas.

O assunto foi o tema do Tá na Mesa da FEDERASUL desta quarta-feira (03), que reuniu lideranças do setor para debater os desafios da saúde pública gaúcha do financiamento cruzado entre SUS e Planos de Saúde: a realidade do Sistema filantrópico.

Na oportunidade, participou do evento o presidente do Hospital de Clínicas de Carazinho Jocélio Cunham, além dele participaram o diretor-geral da Santa Casa de Porto Alegre, Júlio Flávio Dornelles de Matos; o administrador do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, Luciney Bohrer e o diretor administrativo financeiro do Hospital São Lucas da PUCRS, Rogério Pontes Andrade. Os especialistas no assunto alertaram para a crise ressaltando a necessidade urgente de intervenção do Estado, para a definição de políticas públicas a longo prazo, para a reorganização nos repasses de valores e aumento da tabela do SUS que não é atualizada desde 2005, para evitar uma escalada ainda maior da crise.

Além do presidente Jocélio, estiveram prestigiando o evento representantes do HCC, a diretora institucional Larissa Rosa Giacomelli, o gerente financeiro José Armando Lubian, a assessora administrativa Luiza Rahman, o presidente do conselho consultivo do HCC Júlio Piva e o membro da direção do HCC Cassiano Vailatti.

A grande dificuldade vem sendo enfrentada pelos hospitais filantrópicos que respondem por cerca de 80% dos atendimentos do SUS no Estado.  O déficit dessas instituições é tão grande que eles possuem uma dívida de mais de R$ 1.6 bilhão com o sistema financeiro. O presidente do Hospital de Clínicas de Carazinho, Jocélio Cunha relatou que para cada R$ 100 gastos com pacientes do SUS, faltam R$ 25 nos repasses que são cobertos pelos hospitais.  Ele apresentou o HCC, as alternativas realizadas pela gestão do hospital para superar o déficit nos últimos anos, bem como a participação no enfrentamento do governo municipal, através do Prefeito de Carazinho Milton Schimitz, e do Governo do Estado, através do governador Eduardo Leite e da secretária de saúde AritaBergmann, bem como dos programas Avançar e Assistir na Saúde.

Ao encerrar o debate o presidente da FEDERASUL Rodrigo Sousa Costa destacou que as apresentações demonstraram o quanto da saúde pública gaúcha é atendida pela rede filantrópica, da baixa, média e alta complexidade. Destacou ainda que se o superavit dos planos suplementares vem cobrindo o déficit do SUS, fica evidente o risco de colapso existente e lembrou que se o IPE se tornar deficitário para os Hospitais filantrópicos vai piorar a  sustentabilidade de uma rede que responde pela maior parte da cobertura da saúde pública do Estado.

Fonte e fotos: Assessoria FEDERASUL

 


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