Às vésperas do Dia das Mães, mãe e filho tocam Sino da Vitória na Oncologia do HCC
O Sino da Vitória representa o fim do tratamento e a cura contra o câncer

Faltando pouco dias para o Dia das Mães, Rejane Bordignon, 71 anos, ganhou um presente especial no início dessa semana. Seu filho João Marcelo Bordignon, de 34 anos, tocou o Sino da Vitória na Oncologia do Hospital de Clínicas de Carazinho, após se curar de um Câncer Cerebral, chamado de Glioma.
Rejane já passou por essa experiência em 2020, quando também se curou de um Câncer de Mama e segundo ela, essa é uma dupla vitória. “Tocar o sino junto do meu filho é um sentimento inexplicável, pois a notícia da minha doença aconteceu durante as movimentações do tratamento dele. Então foi muito assustador. O sentimento hoje, foi total vitória, libertação e muito orgulho do meu filho, que foi um verdadeiro guerreiro, por tudo que passou. Foi um processo muito difícil, com cirurgias muito complexas”, explica.
Como toda mãe, preocupada com a experiência que estava vivendo, pensou por muitas vezes desistir de seu tratamento para se dedicar ao filho, mas segundo ela, com ajuda de toda a família, “descobri que existe mais força dentro de mim do que imaginava. Mães, mantenham-se fortes e firmes na fé. A oração de uma mãe faz milagres, aproveitem seus filhos e netos, aproveitem a vida”, falou emocionada.
Além disso, Rajane é ativa nas causas ligadas ao Câncer, onde faz parte da Liga Feminina de Combate ao Câncer e do Grupo Chimamas. “Por intermédio da doença tive, entrei em contato com outras realidades muito mais difíceis que a minha e percebi que poderia fazer a diferença na vida dessas pessoas. Coincidentemente fui convidada para conhecer o Chimama. Fui, nunca mais saí e hoje sou coordenadora. A partir do Chimama comecei a me envolver também no grupo da Liga, onde também presto trabalho voluntário. É gratificante fazer parte deste time”, conclui.
João Marcelo conta que após exames de rotina com oftalmologista, foi percebido uma pequena bolinha atrás do olho. “Ficamos por anos monitorando e em outra consulta, em 2014, o médico reparou uma alteração desde tumor. Fui encaminhado ao neuro com muitas dores de cabeça e os exames acusaram o tumor. Fui operado em 2016 pela primeira vez e uma segunda em 2020”, conta o paciente. Ele ficou em tratamento quimioterápico por 9 anos e falou sobre o atendimento que recebeu no Hospital. “Toda essa equipe é maravilhosa. Sempre fui recebido com carinho e respeito. A equipe sempre me tratou com verdade e clareza em relação à minha doença, situação e tratamento”, disse.
João, com apenas 34 anos, passou uma boa parte de sua vida lutando contra o Câncer, sendo 9 anos de tratamento. Ele finaliza seu tratamento dizendo que seu maior sonho agora, é esquecer que essa doença existe, pois afinal ela acometeu tanto ele, quando sua mãe. “Desejo que minha família seja abençoada com muita saúde. Quero agora poder fazer uma viagem longa em família, com minha mãe, irmã, cunhado e sobrinho. Muito obrigado a todos”.
Por fim, o oncologista Dr. Luciano Alt, ressalta que o adoecimento por câncer já é um processo difícil, doloroso individualmente e se acontece ao mesmo tempo com duas pessoas da mesma família, a luta é ainda maior. “Nem sempre tem a ver com herança genética. O caso da Rejane e do João Marcelo ilustra isso. O filho adoeceu com tumor cerebral, jovem, com todo o mecanismo de resistência para o combate à doença... Somou-se a mãe, com câncer de mama ao longo do caminho. A mãe, muito mais preocupada com o filho que consigo mesma. As dores familiares se multiplicaram, mas um serviu de apoio ao outro no processo de cura. Agora, ambos vencedores, podem comemorar em dobro às vésperas do Dia das Mães”, explica.
Projeto “Sino da Vitória” do HCC
O tratamento oncológico é longo, difícil e, por vezes, doloroso. Por essa razão, toda a manifestação de carinho e apoio é fundamental para o bem-estar e a motivação do paciente. Com esse objetivo, inspirado na iniciativa de diversas instituições de saúde do Brasil e do mundo, o HCC conta com o projeto “Sino da Vitória”.
A iniciativa propõe aos pacientes oncológicos que badalem um sino – fixado no setor de Oncologia - a cada etapa do tratamento vencida, a fim de comemorar as vitórias e marcar um novo início de vida, além de motivar os demais pacientes a persistirem no tratamento, transmitindo vibrações positivas para todos que enfrentam o câncer.
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