HCC

Piso da Enfermagem: HCC participa de assembleia geral das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos

15/08/2022

O objetivo foi para discutir a aplicação do novo Piso da Enfermagem e pedir providencias urgentes do Governo do Estado para definição de uma fonte de recursos para as instituições pagarem o novo piso salarial da enfermagem, sancionado no dia 5 de agosto.

A rede de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS esteve reunida em Assembleia Geral Extraordinária, no Hotel Continental em Porto Alegre na manhã do dia 11 de agosto, para discutir a aplicação do novo Piso da Enfermagem e pedir providencias urgentes do Governo do Estado para definição de uma fonte de recursos para as instituições pagarem o novo piso salarial da enfermagem, sancionado no dia 5 de agosto.

O Hospital de Caridade de Carazinho, foi representado na ocasião pelo administrador Felipe Sohne, o qual ressalta que esse movimento é para que se busque soluções e recursos. “Estamos preocupados com a fonte dos recursos, pois só no caso do HCC, estima-se que sejam necessários R$ 6 milhões a mais, por ano, para cumprir com o compromisso. A instituição já sofre com o déficit do SUS, onde se ao menos essas tabelas fossem reajustadas talvez o cenário não seria tão preocupante”, explica.

Na oportunidade foi elaborado um documento e encaminhado para a Casa Civil, Secretaria Estadual de Saúde, Assembleia Legislativa do RS, Deputados e Senadores da Bancada Federal, Ministérios Públicos, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Tribunal Regional do Trabalho, Confederação Nacional dos Municípios, OAB/RS, FAMURS, COSEMS, IPE/Saúde e Unimed.

Segundo Felipe, o documento aponta diversas dificuldades que os Hospitais vêm enfrentando, como por exemplo, a pública e notória relação deficitária dos hospitais com o SUS, crescendo há mais de 20 anos, levando-os ao endividamento. “O documento ressalta uma informação muito importante, que desde o início do Plano Real a tabela SUS e seus incentivos foi reajustada em média 93,77%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi 636,07%, o salário mínimo foi 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%. Esse descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS, de todo o seguimento”, explica o administrador Felipe, ressaltando ainda que se não houver políticas imediatas, consistentes, de subsistência para esses hospitais, dificilmente suas portas se manterão abertas e a desassistência da população será fatal.

O documento ainda traz algumas considerações como: os inúmeros esforços da rede em apresentar às autoridades que com a aprovação do piso da enfermagem – reiterando a importância e o mérito desses profissionais – sem nenhuma alternativa financeira aos hospitais para o comprimento dessa obrigação, as Santas Casas podem fechar suas portas, as possíveis demissões de profissionais de saúde, não só os que estão diretamente envolvidos com o piso, mas de demais profissionais dos hospitais e a suspenção dos atendimento ao SUS.

O próximo passo é a participação do Congresso Nacional da CMB, com a entrega do documento do Rio Grande do Sul e buscando uma grande mobilização nacional, tendo em vista que os recursos extras para o cumprimento do novo piso deveria ter sido apresentado pelo Executivo/Legislativo Federal.


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