Com quase um ano de Pandemia e a esperança pela chegada da vacina contra a Covid-19, o Hospital de Caridade de Carazinho registrou nesta semana a marca de 50 óbitos de pacientes de Carazinho, além de 16 de outros municípios.

As novas vacinas chegaram para os profissionais de saúde como alento para aqueles que trabalham incansavelmente na luta contra a Covid-19, mas isso não significa que a Pandemia acabou. Segundo médico cardiologista Gerson Luis Urnau, precisamos continuar em alerta devido as novas mutações do vírus. “A vacina é uma avanço, mas não é uma garantia de que a pandemia termine em um período menor. É muito importante que as pessoas continuem tomando os devidos cuidados, usando máscara, fazendo a higienização correta... mesmo após a vacina. Todos devem ser vacinados”, explica.

Para enfrentamento da Covid-19 existe hoje no HCC o Serviço de Triagem Externa, espaço para atendimento de pacientes com doenças respiratórias na Emergência, 21 leitos clínicos e 9 leitos de UTI para pacientes com quadro grave de Covid-19. Essas estruturas foram montadas pelo Hospital de Caridade de Carazinho, juntamente com o Comitê Técnico Municipal, o qual têm como membros, além do HCC, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Ministério Público, Vigilância Sanitária e a Secretaria Municipal de Saúde.

“Essa estrutura deve ser mantida, pois foi muito bem montada pelos profissionais e, principalmente, porque ainda não sabemos o que vai acontecer daqui para frente. Sabemos de lugares, onde a saúde está entrando em colapso decorrente as novas mutações. A importância de manter aberta essas estruturas para que se tenha uma segurança de que enquanto houver casos de Covid-19 exista um lugar onde se possa tratar as pessoas doentes e que não seja misturado os pacientes Covid-19 com demais. E, principalmente saber que temos um lugar para nos tratar aqui em Carazinho, não dependo de outros lugares”, finaliza Gerson. 

O presidente do HCC, Jocélio Cunha, ressalta que investir na estrutura e em equipamentos de qualidade vem sendo prática constante para melhor atender a população, com as estruturas Covid-19 não foi diferente. “A tecnologia de ponta na gestão hospitalar deve ser trabalhada constantemente para oferecer uma assistência médica e avançada de qualidade, com equipamentos, recursos diagnósticos e terapêuticos. A estrutura que construímos para receber os pacientes Covid-19, salvou muitas vidas e hoje, mesmo com nossa equipe vacinada precisamos manter ela em pé. A Pandemia não acabou”.

Os leitos do HCC, os quais acolhem pacientes suspeitos e confirmados, tanto nos leitos de UTI, quanto nos clínicos, chegou por diversas vezes próximo ao limite de ocupação em meio à Pandemia.

Para o diretor técnico do HCC, Darlan Martins Lara, é importante que seja mantida a estrutura de atendimento, de modo a dar suporte a quaisquer potenciais mudanças no curso da Pandemia. “Entendemos que não se pode baixar a guarda. A desmobilização pode passar a sensação de que o vírus está vencido, o que não é uma realidade”, diz Darlan.

O membro do Ministério Público, Promotor de Justiça com atribuições na área de saúde pública, e membro do Comitê Técnico, Dr. Paulo Estevam Araújo, ressalta que acompanha de perto todos os passos dessa luta diária de combate ao coronavírus, compreende que um dos pilares de sustentação dos bons resultados obtidos pelo Município de Carazinho nessa batalha é a oferta de atendimento médico-hospitalar à população acompanhado de tratamento adequado da doença. “Nesse quesito, reconheço e parabenizo o Hospital de Caridade de Carazinho, sua administração, corpo clínico e colaboradores de toda ordem pela excelência dos serviços prestados. Ao mesmo tempo, reforço posição no sentido de que seja mantido o empenho e estruturadas as equipes enquanto durar essa batalha, que somente terá trégua quando a imunização coletiva, fruto da vacinação em massa, se tornar realidade", fala o Promotor.   

A vacina pode proteger da doença, mas não necessariamente do vírus, mesmo vacinados, ainda precisaremos continuar usando máscara e evitar beijos, abraços e aglomerações até que à pandemia esteja controlada. Isso porque, mesmo a pessoa vacinada, pode transmitir o vírus para quem ainda não recebeu a imunização e também ter a doença de forma branda. Ou seja, em 2021, mesmo com as pessoas sendo vacinadas, devendo continuar usando máscara e tomando os devidos cuidados.